sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Uma ilha flutuante... Feita de material reciclado.

Vista aérea de como seria a Recycled Island

Esta é a proposta da organização Recycled Island para solucionar um problema que atormenta o Oceano Pacífico desde as navegações modernas: O excesso de plástico jogado no mar e que vai parar no "Giro do Pacífico Norte", uma área maior que os Estados Unidos, que fica aprisionada entre duas correntes que correm em sentido oposto, formando uma desagradável e (para a fauna) mortal "sopa" de plástico e outros materiais.

A praia (Mas a areia seria de quê?)


Esses pontos amarelos são concentrações de plástico e outros lixos flutuantes.
A solução por eles apontada é a seguinte: Recolher, com navios separadores, todo o plástico boiando naquela região; separar o plástico por seus diferentes tipos; processá-lo e criar com ele estruturas flutuantes modulares que, se aglomeradas em uma estrutura sólida, e ainda assim flutuante, teria o tamanho da maior ilha do Hawaii.
Impressão artística da construção da ilha
Essa ilha seria auto-suficiente, pois teria uma parte urbana, uma parte dedicada para a agricultura, outra parte para aqüicultura e criação de algas, e uma parte dedicada a ser uma "fazenda de energia".

Área urbana, com canais tipo Veneza

Área Rural, com várias culturas diferentes


Cultivo de algas
A organização responsável pelo projeto da Recycled Island é o escritório de arquitetura WHIM, da Holanda.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Por que morar no mar?

Essa é a perguntaque todo mundo deve estar fazendo ao ver este blog, "por que morar no mar, sendo que a terra é mais segura?"

Boa pergunta.

O problema em morar em terra, é a dependência que você tem dos serviços prestados em terra: Água, energia, coleta de lixo, assistência médica, etc... Esses serviços são bons? São, e muito. Mais saiba que há, no mínimo, 50% de pessoas no planeta que, apesar de viverem na terra, não possuem nenhuma dessas benesses. E, no mínimo, 75% das pessoas que vivem em terra não possuem uma dessas benesses. E ainda, você tem que obedecer a leis que você não ajudou a criar, e que são tão velhas, que chegam a serem anacrônicas - Mas que, em nome das tradições, são mantidas.

Para muitas pessoas, viver no mar seria muito melhor que viver em terra. O mar é um ambiente instável, ora está calmo, ora está bravio. Mas tem água à vontade para poder ser dessalinizada, ventos o bastante para gerarem muita energia, o lixo pode ser incinerado, restando as cinzas que não são (tão) poluentes, e a prevenção de doenças pode contornar a necessidade de assistência médica. Muitas pessoas passam a maior parte de suas vidas em alto-mar do que em terra: São as tripulações dos navios (de carga, cruzeiro ou petroleiros), os trabalhadores em plataformas offshore, os marinheiros militares, os muito-ricos em seus iates poderosos, os aventureiros, os nômades marinhos, os pescadores, etc... Viver no mar é mais comum do que se pensa.

Comunidades inteiras podem viver no mar e ter autonomia suficiente para não precisarem de retornar em terra. Basta que as embarcações sejam resistentes o suficiente para aguentarem gerações, ou pelo menos tenham uma manutenção frequente.

Nos meus próximos posts, mostrarei algumas ideias espalhadas internet afora sobre habitações marítimas, algumas já em prática, outras reservadas para um futuro distante.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Um Libertário e seu sonho - Patri Friedman e o Seasteading Institute



Se eu abri este blog foi graças ao cidadão na foto acima que deu este sonho e, a passos curtos, porém firmes, está deixando seu lugar na História. Patri Friedman, ex-empregado do Google, neto do economista ganhador do Nobel Milton Friedman e libertário por natureza, descobriu a possibilidade de se ter mais liberdade simplesmente vivendo em águas internacionais.



E concebeu um projeto, e um instituto para divulgar esse projeto: "The Seasteading Institute".
http://seasteading.org/



A previsão é de que, em cerca de 2015, a primeira plataforma já esteja flutuando no mar perto da costa de San Francisco. Será uma plataforma pequena, para 50 pessoas, em caráter experimental.



A missão do instituto é clara: "Promover o estabelecimento e o crescimento de comunidades oceânicas autônomas permanentes, possibilitando a inovação com novos sistemas políticos e sociais".



Para dar credibilidade ao projeto, Friedman e sua equipe estão evitando de mencionar coisas tais como "novas tecnologias", preferindo usar as já existentes. Portanto, nada de "seacrete" ou OTEC até que tenha sua eficiência comprovada.

O sonho de Friedman, e creio eu, dos libertários em geral, é o surgimento de novas experiências de governo que sejam melhores do que as praticadas hoje. E, se pra isso forem necessárias milhares de nações independentes, que seja, então.

Tem um vídeo aqui com uma palestra dele, feita aqui no Brasil, legendada. Outros artigos em português, estão aqui, aqui e aqui.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

"Oil Stones" - Uma cidade soviética sobre o mar





Nas décadas de 40 e 50, logo após a II Guerra Mundial, a União Soviética teve que se recuperar da invasão Nazista. Muito tinha que ser feito e como nós sabemos, pra completar algo, você tem que ter energia suficiente. E energia, naquele tempo, tanto quanto nos tempos de agora, significava petróleo.



Naquele tempo, as reservas de petróleo conhecidas diferiam do que as pessoas na Rússia conhecem agora. Os lugares principais para procurar petróleo era o Sul da Rússia, ao contrário das regiões congeladas da Sibéria como é hoje. E a jóia da produção de petróleo soviética era a região do Mar Cáspio, principalmente os territórios onde é o Azerbaijão hoje.



Então depois, um ataque massivo de carência de petróleo declarou que as terras desta região antigamente cheia de óleo pouco a pouco ficaram esgotadas do negro tesouro mineral e a necessidade por novas fontes dele surgiu. Hoje não está claro quem foi o gênio que veio primeiro com a ideia de pegar o petróleo direto do fundo do mar onde ainda estava cheio dele e para isto propôs construir uma cidade de verdade a 42 km (25 milhas) da costa bem no meio do mar, mas o que nós sabemos é que essa ideia entrou em jogo e por alguma chance maluca ganhou apoio dos líderes soviéticos daquele tempo que influenciaram-no com todo o apoio que o maior estado (Em território) podia oferecer naquele tempo. O que isto quis dizer é que no prazo de apenas uns poucos meses, uma cidade de verdade foi construída bem no meio de lugar nenhum sobre blocos gigantes de aço vindos do fundo do mar, de uma profundidade de centenas de pés. E eles a chamaram "Neftyanye Kamni" (Em inglês: "Oil Stones", em português: "Pedras de Petróleo").

Hoje, a cidade também é conhecida pelo seu nome em azeri, "Neft Daşları".



E aquilo era realmente uma cidade! Só um fato: O comprimento das ruas desta cidade-de-um-tipo ultrapassava 350 km (200 milhas) se combinado. Haviam nove prédios armazenados, escolas, complexos industriais e fontes. gramados com grama verde e crianças jogando bola. E tudo isso estava a quarenta e dois quilômetros de distância da superfície terrestre mais próxima!





Como a União Soviética estava mantendo seus resultados atrás da Cortina de Ferro, pouco era sabido para o resto do mundo sobre tal maravilha da engenharia sendo construída. Mais tarde, foram descobertas as novas reservas de petróleo do Norte que excediam cem vezes as que eles tinham na região do Mar Cáspio. Então a indústria gigante de produção de petróleo soviética mudou-se pra longe daquele lugar, tornando-o semi-abandonado. Mas ainda hoje este lugar, de acordo com o que tem-se dito tem mais de 2.000 habitantes. Um verdadeiro exemplo do que o humano é capaz de realizar, talvez uma das maiores estruturas feitas pelo homem sobre a terra e quão pouco nós às vezes sabemos sobre certos lugares ao redor do mundo.



Informação copiada e (porcamente) traduzida do English Russia.

Primeira Viagem

Este blog foi criado por puro entusiasmo quanto às ideias de viver no mar, em cidades, mesmo.

A princípio, não era muito empolgado com essas coisas marítimas, por causa de um detalhe idiota: Não sei nadar.

Mas andei tendo contato com umas filosofias, uns conceitos e, de repente, estou até fazendo o meu projeto de cidade no mar. Claro, não sei se vinga, mas quem sabe?

E, lógico, é disso que vou falar neste blog: Ideias ou mesmo execuções práticas de grupos, pessoas, empresas ou mesmo governos a respeito de viver em cidades no mar. Creio que essa é uma realidade inevitável, seja para busca de liberdade, preservação da natureza, fugir do aquecimento global ou para contornar o problema da superpopulação.

Afinal, 3/4 da superfície da Terra é coberta de água, imagine quanta gente não caberia?

Leiam e comentem, afinal... Waterworld pode estar mais perto do que se imagina.