quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Arquitetos projetam conceito de fazendas produtoras de alimentos em alto-mar

Fazenda flutuante utiliza energia solar e tem capacidade para integração eólica e ondomotriz

Apesar de a produção mundial de alimentos ser maior que a demanda, a fome no mundo permanece. Pensando numa forma de amenizar esse problema, o escritório Forward Thinking Architecture elaborou um projeto de fazendas flutuantes inteligentes que seriam colocadas em alto-mar, cultivando produtos 365 dia do ano.
Segundo o arquiteto supervisor do projeto, Javier Ponce, a ideia foi inspirada pelo sistema de plantio utilizado na era pré-Colonial das Américas, as chinampas. A novidade é baseada na estratégia de uma plataforma de múltiplas camadas com a estrutura sendo uma combinação de aquicultura, cultivos hidropônicos, e tecnologiafotovoltaica. O intuito é que as fazendas sejam localizadas em áreas onde os alimentos são mais necessários.
A estrutura teria três andares. O primeiro andar apresenta coletores de água de chuva para irrigação e painéis fotovoltaicos para obtenção de energia. Os criadores do projeto dizem também ser possível a integração de outras fontes de energia renovável, como eólica e ondomotriz (energia a partir do movimento das ondas). O segundo andar possui uma estufa e um sistema de cultivo hidropônico que permite o cultivo o ano todo, sem preocupações como o tipo de solo, condições climáticas ou desastres naturais. O térreo, último andar, focaria na aquicultura e estaria equipado com pontos de acesso para água, uma planta de dessalinização, barreiras de ondas e proteção, assim como um área para o processamento e embalamento dos produtos.
O projeto procura ser flexível para se adaptar à produção de alimentos locais e pode ser localizado perto de outras grandes cidades ou áreas com grandes concentrações populacionais com acesso à água, como Nova Iorque, Tóquio, Cingapura, Mumbai, Cairo, Hong Kong, São Paulo, Dubai, Istambul, Seul e Sidney. Outra vantagem da estrutura com relação à agricultura tradicional é sua mobilidade, podendo se transportar, por exemplo, de Nova Iorque para Seattle.
Os designers estimam uma produção de oito mil toneladas de vegetais e mil toneladas de peixes anualmente em uma instalação de 200 m² x 350 m².
Foram levantadas, por parte do público geral, preocupações com fenômenos naturais como tempestades e tufões, ainda mais em épocas de risco como durante o El Niño. No entanto, a estrutura seria projetada como as de navios modernos, feita para aguentar a pior das circunstâncias no mar. Os arquitetos também esperam que o complexo seja inteligente, podendo ser controlado remotamente.
Mesmo que a ideia não vá para frente, já que é apenas um conceito, Ponce acredita na importância de se abrir a novas possibilidades e fazer as pessoas refletirem sobre a produção de alimentos até agora.

Falta de alimentos no mundo

Lembra daquela aula de geografia (ou estudos sociais) do Ensino Médio que falava sobre as diferentes teorias populacionais? Thomas Malthus acreditava que a população mundial iria crescer mais rápido que a produção de alimentos para alimentá-la. Anos depois, a teoria foi considerada inválida por não prever o que seria a produção em massa da Revolução Industrial, porém, parece que Malthus estava um pouco certo. Segundo dados da ONU, a previsão é que a população irá crescer de 6,9 bilhões em 2010, para 8,3 bilhões em 2030 e, depois, para 9,1 bilhões em 2050. Coincidentemente, a previsão é de que, até 2030, a demanda de alimentos aumente em até 50%; e em 70% em 2050.
Atualmente, produzimos mais do que poderíamos consumir, no entanto, a distribuição desses alimentos é descentralizada, o que leva à grande quantidade de alimento desperdiçado no mundo todo. Um exemplo disso é a situação de países na África, com uma boa produção de alimentos, porém devido a problemas políticos, econômicos e sociais, possuí dificuldade em distribuir esses produtos para sua população.
O diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o brasileiro José Graziano da Silva, também já demonstrou a preocupação da ONU com o impacto das mudanças climáticas na produção de alimentos, outro fator que deve ser levado em conta quando discutimos produção de alimentos.
Fonte: Ecowatch

domingo, 9 de junho de 2013

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Um Mar de Cidades Flutuantes (Matéria da Revista Época)

Imagine-se a bordo de um cruzeiro que não termina nunca e que navega pelos oceanos sem jamais chegar a qualquer destino no continente. Ou uma casa ancorada numa estrutura semelhante a uma plataforma de petróleo, rodeada de água por todos os lados, a centenas de quilômetros da praia. Essas cidades flutuantes podem abrigar os refugiados das ilhas engolidas pela elevação dos mares, provocada pelo aquecimento global. Ou abrigar aventureiros e empreendedores. A principal vantagem dessas comunidades flutuantes imaginadas por engenheiros, arquitetos e designers seria a independência. Lançadas ao mar, em águas internacionais, a dezenas de quilômetros da costa, poderiam virar países com regras próprias. “Seria um espaço para experimentar um novo sistema de governo, uma nova forma de vida”, diz Michael Keenan, presidente do Instituto Seasteading, que promove o tema. O instituto é bancado pelo americano Peter Thiel, um dos primeiros investidores do Facebook e cofundador do PayPal, empresa de pagamentos eletrônicos. Também tem apoio do economista Patri Friedman, neto do prêmio Nobel Milton Friedman. Nenhuma cidade começou a ser construída. Mas os projetos despertam cada vez mais sonhadores e visionários...

A matéria dá uma pincelada sobre os projetos marítimos, não se aprofundando muito em nenhum deles. Como exemplos, cita Blueseed, Lilypad e a Swimming City, design vencedor de um concurso do The Seasteading Institute.

Veja a matéria completa, com diagramas, menção a Sealand e outros quetales, aqui. Cortesia, Revista Época.

(Vale lembrar, eu recebi um recado da autora da reportagem - Luciana Vicaria - pedindo colaboração sobre a matéria, mas eu estava muito ocupado no meu trampo e não li a tempo. Ou seja, não pude ajudar em nada.)

domingo, 14 de outubro de 2012

Desafogando...

Meu blog esteve um pouco afundado, dado a eu ter que trabalhar bastante, e só recentemente consegui acesso à internet em casa. Tô atualizando os meus blogs que utilizo, e recentemente retomei o interesse por cidades no meio do mar.

E, pra recomeçar, vamos com mais algumas fotos da minha "seastead" preferida, Neft Daslari (Azerbaijão).

Primeiro, as tomadas aéreas, para vocês terem uma ideia do tamanho da criança... E fica a 42 Km da próxima faixa de terra!


















Agora, uma visão mais aproximada...







Neft Daslari por dentro...




















E, por último, por dentro dos prédios de Neft Daslari...







Pra finalizar, um vídeo de um documentário suíço sobre a cidade no mar (Pena que é só um trailer, mas dá pra dar uma ideia...)

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Sealand

Impossível erguer um blog sobre habitações no mar e não falar de Sealand, o menor país (Sério) do mundo.

Sealand nascheu HMS Rough Towers, durante a Segunda Guerra Mundial. Um forte criado para defender a Grã-Bretanha, junto com tantos outros, e desativado tão logo acabou a Guerra. Foi então ocupada pelo major britânico Paddy Roy Bates, na época, proprietário de uma rádio pirata.

Sealand não é considerado um país de jure por nenhuma outra nação, mas Roy Bates afirma que a Alemanha e o Reino Unido consideram Sealand uma nação de facto, pelo fato de um diplomata alemão ter sido recebido em Sealand, e da corte inglesa decidir que não possui jurisdição sobre a plataforma: Sealand se localiza fora do limite do Mar Territorial Inglês.

Apesar de ser apenas uma plataforma, Sealand já foi "invadida" por um alemão que se dizia "Primeiro-Ministro" e que fez Michael Bates, filho de Roy, como refém, e já foi assediada pela Marinha Inglesa, ambas as empreitadas sem sucesso; também foi vítima de incêndio, foi paquerada por organizações piratas, foi palco de um evento esportivo da Red Bull, et cetera, et cetera.

Príncipe Michael está interessado em vender a plataforma, pois não vê mais tanto interesse quanto tinha seu pai. Para todos os efeitos, Sealand é considerada mais uma micronação do que um Estado não-reconhecido.

Seguem vídeos sobre Sealand:













quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

O Projeto Vênus

Como eu posso definir o Projeto Vênus?

Um projeto mirabolante mas, ao mesmo tempo, perfeitamente plausível, porque as tecnologias apresentadas no projeto já existem, só precisando serem aplicadas.

O Projeto Vênus tem esse nome porque está sendo desenvolvido (Sim, há um Centro de Pesquisas) na cidade de Venus, Flórida.

Entre as tecnologias propostas pelo Projeto Vênus, estão - Veja só - As cidades no mar!

Get Flash to see this player.



Há muitas outras coisas legais mostradas no site, tais como o sistema econômico baseado em recursos em vez de dinheiro. Vale uma pesquisada a fundo e um belo debate.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Uma ilha flutuante... Feita de material reciclado.

Vista aérea de como seria a Recycled Island

Esta é a proposta da organização Recycled Island para solucionar um problema que atormenta o Oceano Pacífico desde as navegações modernas: O excesso de plástico jogado no mar e que vai parar no "Giro do Pacífico Norte", uma área maior que os Estados Unidos, que fica aprisionada entre duas correntes que correm em sentido oposto, formando uma desagradável e (para a fauna) mortal "sopa" de plástico e outros materiais.

A praia (Mas a areia seria de quê?)


Esses pontos amarelos são concentrações de plástico e outros lixos flutuantes.
A solução por eles apontada é a seguinte: Recolher, com navios separadores, todo o plástico boiando naquela região; separar o plástico por seus diferentes tipos; processá-lo e criar com ele estruturas flutuantes modulares que, se aglomeradas em uma estrutura sólida, e ainda assim flutuante, teria o tamanho da maior ilha do Hawaii.
Impressão artística da construção da ilha
Essa ilha seria auto-suficiente, pois teria uma parte urbana, uma parte dedicada para a agricultura, outra parte para aqüicultura e criação de algas, e uma parte dedicada a ser uma "fazenda de energia".

Área urbana, com canais tipo Veneza

Área Rural, com várias culturas diferentes


Cultivo de algas
A organização responsável pelo projeto da Recycled Island é o escritório de arquitetura WHIM, da Holanda.